quarta-feira, 6 de maio de 2009

Teoria da Conspiração

Alfredo foi o inventor do ornitorrinco. Tudo começou com uma brincadeira, quando, há muitos anos atrás, durante uma temporada de intercâmbio na Tasmânia, entre uma partida de rugby e outra, Alfredo decidiu se divertir às custas dos velhinhos com quem morava. Decidiu criar um bichinho que, ao mesmo tempo, divertisse e assustasse o casal. Rugby sempre causa desses transtornos.

Para quem não sabe, o ornitorrinco é um marreco com um enorme tumor felpudo, um cisne que esqueceu de ficar bonito – e de frequentar a quimioterapia -, ou ainda os dois juntos.

Mas todos levaram tão a sério aquela coisinha grotesca que Alfredo criou, que, como ele não sabia falar muito bem inglês, não conseguiu explicar que era só uma brincadeira. Todos se maravilharam. Rapidamente o governo australiano ficou sabendo do acontecimento e apareceu no local para averiguar o estranho aparecimento do bichinho. Pensando em aumentar o turismo, o consumo de álcool e os serviços dos hospitais psiquiátricos, fizeram uma proposta irrecusável: comprar ornitorrincos para colocar nas lagoas e rios de toda a Austrália! Pagando caro por isso, desde que Alfredo guardasse segredo sobre a fabricação do bicho. (Cada ornitorrinco custava mais de meio milhão de dólares e dois bumerangues aborígenes aos cofres australianos). Alfredo aceitou a oferta.

De volta ao Brasil, criou uma pequena fábrica de ornitorrincos em sua casa em Birigüi. E, trabalhando sozinho, chegou a fornecer mais dois mil ornitorrincos nos primeiros anos. Depois o governo australiano sugeriu uma produção de 200 ornitorrincos por ano, e, como Alfredo não tinha ninguém mais a quem ofertar os ornitorrincos, ficou nessa mesmo.

Alfredo prosperou. Evoluiu em sua técnica. Chegou a ter inveja ao imaginar que alguém havia inventado o kiwi antes dele (a ave e a fruta).

Um dia, num bar, Alfredo viu entrar um homem que achou incrivelmente parecido com alguém conhecido... Qual não foi o susto de Alfredo ao perceber que aquele homem se parecia com ele mesmo! Alfredo sentiu uma sensação esquisita no estomâgo e esfregou a cara. Perseguiu o estranho com os olhos, mas rapidamente ele se misturou à multidão que dançava no bar.

Alfredo estava aturdido! Voltou para casa com o rosto do estranho nos olhos. Com o passar do tempo, Alfredo começou a ver seu rosto em todas as pessoas, por todo lugar que andava. Nos seus últimos dias, numa casa de repouso, seu irmão não deu atenção quando Alfredo lhe disse que o governo australiano havia criado uma fábrica de clones para atormentá-lo e proteger seus segredos ambientais e políticos. Deu menos atenção ainda quando, dias após a morte de Alfredo, se viu dono de uma herança de 197 milhões de dólares australianos e incontáveis buremangues aborígenes. Comprou um iate, encheu de Doritos, tirou uma carta do war que mandava conquistar Europa, África e um outro continente a sua escolha e saiu pelo mundo, esquecendo o assunto. Navegou os sete oceanos, mas, por algum motivo oculto, jamais atracou em qualquer país da Oceania.

P.S.: O governo australiano procura urgentemente novos fornecedores de ornitorrincos. Interessados, procurar, sigilossamente, a embaixada mais próxima.



Melquisedec f.,inventor das chincilhas,
Salvador - BA

4 comentários:

Jéssica Pessoa disse...

muito bom e verídico.

só cuidado para não se meter em confusão divulgado essas informações.

ass.: jéssica, inventora do acarajé com salsicha.

lacalina disse...

segredo de Estado.

te amo!

Rafaela disse...

Eu vou inventar alguma coisa pra ganhar dinheiro também. vou vender meu projeto pra Obama. Se ele não quiser vendo pra Hugo Chavez.

Madame Morte disse...

Hey,se a CIA ou a Interpol perguntarem,ninguém sabe de nada.


*TOP SECRET*


hahahaha,legal pra caraaamba^^