Só nos concerne nosso corpo
E a esperança de que possam usá-lo.
Tudo definha e morre
E se apresenta como uma nova visão
Do que um dia perdemos.
Desistimos de amanhãs que encantam
Para nos perdermos num presente-contínuo desiludido
Sem altruísmos nem utopias.
Somos vácuos de espíritos abortados.
A pantera sutilmente devorou nossa consciência
Deixando-a cheia de tolos saberes
Com larvas gosmentas de pretensão.
Há professores de matemática, História, química, física, biologia...
Compartilhando um universo completamente reduzido e desinteressante.
Nossos pais nos construiram,
Mas não carregamos deles nenhuma marca.
A memória se dissipou na inevitabilidade da morte.
Nossos corpos circulam sem perspectiva de vida,
Carregando pesares ressequidos.
- Eis os vazios-distraídos-existentes.
Símios semimoribundos que se desfazem progressivamente,
Cuja desilusão não combina com suas roupas.
É preciso ser vívido
O simples se tornou obsoleto.
O cotidiano não ensina nada.
Lembra-te
De quando trocamos nossos rostos por aquele lenço amarelo?
Era a única oferta que tínhamos, não a melhor.
A solidão individual
É a similaridade do coletivo.
As idiossincrasias são todas as mesmas em todas as mentes.
sábado, 7 de julho de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
sensacional!
sabia que gosto um tantão de tu?
xD
o que será que será que aquilo seja?
Postar um comentário